O que temos a oferecer?

A melhor forma de se aprender é lendo e fazendo exercícios, o Pesquisando e Estudando te dá a base que você precisa para aprender qualquer matéria, oferecendo explicações simples e com uma linguagem que garante um melhor aprendizado.
Nesse blog você irá encontrar tanto conteúdo de ensino médio quando de ensino fundamental. Conteúdos que te auxiliarão em sua vida acadêmica, para que você possa arrebentar nas provas, tanto das escolas quanto de concurso.
Preparado para saborear o que temos a oferecer? Então fique ligado!

domingo, 22 de dezembro de 2019

História introdução

A importância de se aprender história:

O tempo é muito misterioso, mas algo que todos sabemos é que ele não pára. Mediante a essa lei natural o qual tudo no universo está envolvido, vem os acontecimentos, eventos humanos ou não que marcam certas épocas. Muitos acontecimentos do passado surtem efeitos até hoje, na realidade, o passado em si (e a gama de acontecimentos que o compõe) é o que construiu o mundo como o conhecemos hoje. Daí vem a importância de se aprender história, a ciência que estuda os acontecimentos do passado.
O que passou passou, não é? Mas não é por isso que o passado deve ser deletado completamente da mente humana. É impossível compreender a complexidade que rege o nosso mundo, sobretudo o porquê de tudo, sem entender a origem das coisas, o que levou àquilo. Além disso, não são com os erros do passado que aprendemos a não errar de novo? Pois é,
O estudo dos acontecimentos do passado também são muito importantes para entender o ser humano em si, tanto individualmente quanto inserido na sociedade, servindo como base de outras áreas de conhecimento como a filosofia, a sociologia, a antropologia, a pedagogia, enfim...
Eu poderia escrever por horas aqui a mais sobre a importância de se estudar história. Meio que se eu parar para pensar, não sei o que teria sido de mim se eu não tivesse aprendido história ao longo da minha trajetória acadêmica, acho que eu seria alguém sem referência alguma para me basear em uma conversa ou na tomada das minhas decisões. Simplesmente cairia no "modo de aceitação" e a primeira coisa que me dissessem eu já tomaria como verdade absoluta, e por quê? Pois foi o que me disseram, é a única base que veio a mim.E assim sendo, me tornaria um individuo repleto de opiniões errôneas, tomando decisões errôneas, baseando-se no que outros disseram e não naquilo o qual eu busquei como conhecimento. É por coisas assim que muitos acham até hoje que a terra é plana. (Nota do autor)
Conhecimento histórico te dá poder para opinar de forma mais sábia, criticar de modo mais embasado. Como fazer um voto consciente sem possuir uma mente mais crítica? Como expressar as suas ideias se você nem sequer possui conhecimentos ou referências sustentáveis para ter uma realmente sua?
Enfim, já deu para perceber que aprender história é muito importante para a vida. Sem contar que, cá entre nós, é legal pra caramba ver como as coisas eram nas diferentes épocas do passado.
E então? Vamos logo aprender história? Paciência jovem padawan! Há certas coisas essenciais que todo aluno precisa aprender antes de mais nada.

Medida de tempo:

Uma régua é dividida em várias demarcações de espaço.
Imagine uma régua. Imaginou? Perfeito! Uma régua, é um instrumento que além de ser utilizado para fazer linhas mais retas, serve também para demarcar distâncias. Temos lá demarcações em centímetros e milímetros, que são unidades quantitativas de espaço que servem para que tenhamos noções de quão longe se está por exemplo um ponto do outro, uma linha da outra, a extremidade de uma figura para outra, enfim...
Um relógio é dividido em várias
demarcações de tempo
Mas ué? O que isso tem haver com o conteúdo? Bom, assim como o espaço, o tempo também possui demarcações, e assim, unidades quantitativas que servem para que tenhamos noções do quão distante (temporalmente) um evento ocorreu em relação ao outro. Assim como o espaço pode ser medido por centímetros e milímetros em uma régua, o tempo pode ser medido em minutos e segundos em um relógio.
Então como funciona as demarcações de tempo? Como se mede o tempo? Bom, temos várias formas diferentes de se marcar o tempo, escalas (unidades) diferentes para fazer isso. Vamos apresentar aqui  as mais convencionais escalas de tempo a partir da menor.
  • Segundo - é a menor unidade de medida de tempo (até há menores mas estas são denominadas de "frações de segundo"). Esta unidade é considerada um padrão para todas as demais, pois é que define a demarcação das outras unidades, tendo, assim, o seu lugar no Sistema Internacional de Unidades. Mas aí você pergunta a ponto de curiosidade, o que baseia o segundo? Bom, simplesmente "a duração de 9.192.631.770 períodos da radiação correspondente à transição entre os dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio-133". Precisa entender isso? De jeito nenhum.
  • Minuto - é a segunda menor unidade de tempo. Basicamente 1min (um minuto) corresponde à 60s (sessenta segundos). O minuto soa mais familiar já que está presente em todos os relógios, correto?
  • Hora - sendo a mais familiar no dia a dia, 1h (uma hora) equivale à 60min (sessenta minutos) e portanto, a 3600s (três mil e seiscentos segundos). A hora é a unidade mais utilizada para demarcar os períodos de um dia, os afazeres de alguém, por assim dizer.
  • Dia - equivalente a um período de 24h (vinte quatro horas), o dia basicamente demarca o período em que a terra consegue dar uma volta completa em volta do seu próprio eixo. O dia é dividido em manhã (a partir de quando o sol nasce), tarde (a partir de quando o sol a pino começa a descer), noite (período inicial de ausência de luz solar) e, por fim, madrugada (período entre o marco da meia-noite - 0h - e o nascer do Sol).
  • Semana - período referente a sete dias, sendo assim o tempo aproximado de duração de 1 fase lunar.
  • Mês - é o tempo aproximado em que a lua efetua uma volta completa ao redor da terra, podendo esse período variar de 28 a 29 dias em fevereiro ou 30 à 31 dias nos demais.
  • Bimestre - período referente a dois meses de um ano.
  • Trimestre - período referente a três meses de um ano.
  • Quadrimestre - período referente a quatro meses de um ano.
  • Semestre - período referente a seis meses de um ano.
  • Ano - intervalo de tempo aproximado em que a terra completa seu ciclo de translação, ou seja, seu movimento em torno do sol, demarcando, com isso, 12 meses. Um ano pode ser dividido também em 4 estações, de acordo com as características físicas e geográficas de um determinado período, são eles: primavera, verão, outono, inverno.
  • Biênio - demarcação referente a um período de dois anos.
  • Triênio - demarcação referente a um período de três anos.
  • Quadriênio - demarcação referente a um período de quatro anos.
  • Quinquênio - demarcação referente a um período de cinco anos.
  • Década (ou decênio) - compreende um período de dez anos, iniciando-se, de forma padrão, no início de cada século. É uma das unidades de tempo mais utilizadas na disciplina de história
  • Século - sendo muitas das vezes representado por algarismos romanos, um século abrange um período de 100 anos e é a unidade de tempo mais utilizada para demarcar períodos históricos, sendo a mais utilizada da disciplina. É fundamental observar que um século começa no início de um ano com a terminação 01 e termina no fim de um ano com a terminação 00 - por exemplo, o séc. XX (século vinte) começou em 1º de janeiro de 1901 e terminou em 31 de dezembro de 2000 e o séc. XXI (século vinte um, o atual) começou no dia 1º de janeiro de 2001 e terminará em 31 de dezembro de 2100, e assim por diante.
  • Milênio - esta é a maior escala de tempo existente, um milênio equivale a 1000 anos, ou seja, equivale a 10 séculos. Nos encontramos atualmente no início do segundo milênio, tendo ele seu fim somente no dia 31 de dezembro do ano 3000.
O calendário é um outro instrumento
utilizado para medir o tempo.
Tendo tais unidades como base, podemos quantificar ou localizar melhor alguns eventos no tempo. Por exemplo, essa postagem foi feita no dia 22 de dezembro de 2019, ou seja, foi feita no domingo da quarta semana do mês 12, no terceiro triênio da segunda década do século XXI, ou melhor dizendo, na data 22/12/2019.
E ai? Qual data você está lendo esse post? Posta aí nos comentários! 
E agora, está tudo pronto para aprendermos história? Ainda não! Tem só mais algumas coisinhas que você precisa saber.

Calendário padrão:

Muitas formas de demarcar o tempo foram inventadas ao longo da história de acordo com as diversas culturas existentes e dos instrumentos utilizados. Foram vários os calendários inventados, mas o que nós nos baseamos, assim como quase que o mundo inteiro, é no calendário romano.
Esse post foi lançado no final de 2019. Mas você já se perguntou o porquê de ser 2019 o ano? O que aconteceu a 2019 anos atrás para se tornar o marco 0? Bom, amigo, teoricamente, segundo diversas transcrições, foi quando Jesus Cristo nasceu. Sim, ele mesmo.
O nascimento de Cristo é o evento eleito como o marco 0 da linha do tempo que compõe o calendário romano, o nosso calendário padrão. Tudo o que aconteceu antes disso vem com a denominação padrão a.C. (antes de Cristo) ao lado do ano, contado de forma decrescente até a chegada do evento em questão. Já tudo o que vem depois pode vir com a denominação padrão d.C. (depois de Cristo) ao lado do ano (sendo, nesse caso, não obrigatório o sufixo), sendo contado de forma crescente a partir do evento em questão. Por exemplo, a queda da Babilônia foi um evento histórico que se deu no ano de 539 a.C, já a queda da capital do império Bizantino (Constantinopla) se deu no ano de 1453 d.C. ou somente 1453 (ambos eventos serão tratados aqui no Pesquisando e Estudando).
Ainda confuso quanto a isso? Calma! As imagens abaixo ilustrarão melhor para você como isso funciona:

Pela convenção, portanto, podemos dizer que esse post foi lançado em 2019, ou, em 2019 d.C. E aí aprendeu?

Alguns pontos a serem tratados:

Bom, agora que você conhece a importância desse conteúdo, as demarcações de tempo e o nosso calendário padrão, já está na hora de situarmos você no conteúdo que será tratado aqui no blog, assim como durante sua trajetória acadêmica.
A disciplina de história normalmente é dada seguindo uma ordem cronológica, sendo assim, o modo mais fácil de aprender. O conteúdo começa desde a origem humana na pré-história e finaliza somente milênios depois com a chegada do mundo como conhecemos hoje.
É um longo caminho a ser percorrido, cerca de 350 mil anos para ser exato! Só que claramente, nada será tratado de forma detalhada (não existe nem sequer registro para isso), o que importa são os eventos mais relevantes, eventos estes que, quando sequenciados, demonstram a evolução humana para a formação do homem moderno. Detalhes poderão vir dependendo se sua formação superior, até lá, apenas o básico é relevante (e a história básica já tem muita coisa).
Uma questão que deve ser frisada é que a história pode estar sempre sujeita a modificações, uma vez que todos os eventos do passado que formulam a disciplina como um todo são baseados em interpretações de registros e documentos históricos, sejam eles livros, cartas, pinturas, desenhos, etc. E por isso, quase que noventa por cento do que sabemos do passado pode ser visto como teoria e não como verdade absoluta. Claramente que são teorias muito bem embasadas, há por exemplo registros que contam a história do rei Arthur, porém, pela pouca quantidade e fonte, a história do rei Arthur é tratada somente como lenda, afinal, não há como confirmar a veracidade de sua existência na história da Grã-bretanha.
Quanto mais longe formos no passado, menos registros nós possuímos, e portanto, menos certezas.

Períodos históricos:

A história humana é dividida em dois períodos principais: a pré-história e a história propriamente dita.
A pré-história compreende todo o período primitivo humano, desde a origem da espécie (há 350 mil anos), até a invenção daquilo que é considerado a melhor forma de registro histórico: a escrita (por volta de 4000 a.C.). Esse período inicial é dividido em duas fases: a Idade da Pedra (subdividido em período paleolítico e neolítico) e a Idade dos Metais (sendo subdividido em idade do cobre, do bronze e do ferro).
A história (que começa a partir da invenção da escrita e vai até os tempos de hoje) é subdividida em Idade Antiga (ou antiguidade), Idade Média (ou medieval), Idade Moderna (ou renascentista) e, por fim, Idade Contemporânea.
Ok, acho que agora o território está bem preparado para embarcar nessa maravilhosa disciplina. Vamos nessa? Então aperte os cintos e venha entrar na máquina do tempo da Pesquisando e Estudando, conferindo o conteúdo programático que preparamos para você!
Bons estudos!

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Calculando a velocidade

Se traçarmos no Google Maps um destino da cidade do Rio de Janeiro (RJ) até Vitória (ES), teremos duas rotas por terra e uma por avião. Se você reparar, nas três rotas temos diferentes tempos estimados de viagem, o que na física chamamos de Intervalo de Tempo (Δt). O Δt é diferente nas três rotas devido a Diferença de Espaço (ΔS), e principalmente, a velocidade média (Vm) estipulada em cada rota. Nesta postagem, iremos discutir um pouco sobre velocidade. Acompanhe:
 Quando falamos em movimento, nós podemos imaginar um carro em uma avenida, um atleta correndo, um leopardo atrás da presa, entre diversas ouras coisas. Ambos os exemplos podem representar um movimento, mas será que podemos dizer que são movimentos iguais? Não.
 Uma lesma se movimenta mais devagar que um leopardo, porém, um jato pode se movimentar mais rápido que ambos. Com isso, podemos perceber que além do trajeto, cada movimento tem a sua rapidez. Quanto mais rápido um corpo se movimenta, menos tempo ele vai precisar para chegar ao destino.
 A rapidez de um corpo é calculada pela grandeza velocidade (v). Quanto maior a velocidade de um corpo, maior sua rapidez. A velocidade é a relação entre tempo e espaço, que podemos obter da seguinte forma:
 Se por exemplo, começarmos uma viagem do Rio até Vitória utilizando a rota principal indicada no mapa acima, ligarmos um conômetro, e checarmos a quilometragem ao longo do percurso, poderemos registrar pontos de tempo (t) e espaço (s). Veja no mapa a seguir:



Através dessas informações, podemos traçar o gráfico espaço x tempo (s x t), no qual ficaria assim:

 A área A no gráfico sempre vai ser igual a velocidade média escalar de qualquer percurso, portanto A = Vm.
Calculamos a velocidade também com a seguinte fórmula geral: v = s (espaço) / t (tempo). A velocidade pode ser medida em m/s (metros por segundo) ou km/h (quilômetros por hora). Porém a diferentes casos em que a velocidade é aplicada, ela pode ser média ou instantânea. Veja a diferença a seguir:

VELOCIDADE MÉDIA (Vm):
Veja a seguinte situação:
 Um homem precisa chegar ao trabalho em 5 minutos, porém, seu escritório fica a 7Km de sua casa. Qual a velocidade média que ele deverá fazer em seu trajeto para que possa chegar a tempo no seu trabalho? Desconsidere as condições de trânsito.
 Neste caso, nós precisamos, primeiramente, juntar os dois principais dados que a questão nos deu:
 O homem precisa de 5 minutos, porém, para calcularmos a velocidade, nós precisamos converter esse tempo em segundos ou em hora, observe: se em 1min eu tenho 60s, em 5min eu tenho 300s.
 Se iremos trabalhar com segundos, teremos que converter quilômetros em metros, observe: a questão diz que seu escritório está á 7km de sua casa, o que equivale a 7000m.
 Portanto se utilizarmos a formula geral s/t, obtemos a seguinte situação:
Vm (velocidade média) = 7000m/300s
Vm = 23,33 m/s aproximadamente.

 Nós sabemos bem que em uma viagem comum, o carro não atinge sempre a mesma velocidade, ela varia de acordo com os semáforos, o trânsito, os acontecimento durante o percurso, portanto, em uma viagem do Rio de Janeiro até Vitória como apresentamos anteriormente, o carro pode atingir diversas velocidades diferentes ao longo do tempo; e é isso o que difere a velocidade média da velocidade instantânea.
 A Velocidade Média foi exatamente o que calculamos na questão anterior, é a relação entre o espaço percorrido em um trajeto e o intervalo de tempo gasto para completar esse percurso no total. Ela não é dada pela média aritmética das velocidades atingidas durante o percusso, pois ela é o valor correspondente à velocidade constante necessária para percorrer todo o trajeto em determinado intervalo de tempo, dada com a fórmula Δs/Δt. Já a Velocidade Instantânea é, como o nome diz, a velocidade de um certo instante em que, por exemplo, o carro se movimenta para ir até Vitória. Ela é a medida mostrada no velocímetro do carro.
 Se analisarmos a questão anterior, percebemos o quanto a conversão de unidades é importante na física. Portanto, é importante saber a conversão de unidades de comprimento e a de tempo, assim como a de velocidade, nesse caso:
1m/s = 3,6km/h, sendo assim, temos a seguinte condição:

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Fisica Introdução

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 Pode parecer um bicho de sete cabeças quando você vê a física sem ao menos parar para estudá-la, mas não é bem assim, afinal, não é a toa que há pessoas que se apaixonam por ela.
 A física é a disciplina que se preocupa com os fenômenos naturais. Quais fenômenos? Todos. O movimento é um fenômeno, o calor é um fenômeno, a eletricidade é um fenômeno, a própria luz é um fenômeno, e não se esqueça do som.
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Os fenômenos são estudados com cálculos matemáticos
e com experimentos que possam comprovar suas
 supostas explicações, teorizadas por físicos.
 O estudo desses fenômenos pode não parecer importante, mas na verdade são cruciais para o nosso futuro. A maioria da tecnologia que temos hoje em processo de grande avanço foi baseada com os estudos da física.
 Para que você tenha noção, a física está presente em quase todas as disciplinas, embora para algumas não tenha a menor importância. Ex: na biologia, estudamos que o sangue tem como uma das funções regular a temperatura do corpo humano, um processo físico; na química, a transformação da matéria em sólido, liquido ou gasoso, trata-se de uma transformação física; e eu não preciso nem citar sobre a matemática já que muitos reconhecem a física como matemática aplicada; e nas matérias de humanas, podemos dizer que a física sempre esteve presente na história, quando o fogo foi "descoberto", quando a roda foi "inventada", quando a maçã caiu na cabeça de Isaac Newton, etc.

 A física nasceu na Grécia Antiga, quando os filósofos antigos, começaram a se preocupar em compreender a natureza que os cercava. Aristóteles foi um grande contribuinte para o nascimento desta grande ciência, com seus estudos da physis.
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A matemática é muito importante na
física, pois é com ela que conseguimos
dimensionar, quantificar os fenômenos,
ou até comprovar logicamente as teorias.
 Desde então a física tem evoluído como nunca, estudando os comportamentos naturais, desde as menores partículas subatômicas até o infinito espaço-tempo. Hoje em dia, há diversos comportamentos no universo ainda não comprovados, mas, ao longo da história, vários físicos arquitetaram teorias que pudessem explicar tais mistérios. Você já deve ter ouvido falar da teoria da relatividade de Einstein, ou da teoria das cordas, teorias estas que exigem muito estudo para que possamos compreendê-las.
 Assim como qualquer outra ciência, a física cataloga e classifica muitas coisas dentro de suas proporções. A classificação mais importante que devemos levar em consideração inicialmente é a divisão entre os ramos da física. Cada ramo se trata de um estudo específico da natureza, e um está interligado ao outro, acompanhe:
  • A termologia (ou a termodinâmica) estuda o calor e a temperatura, assim como o comportamento da matéria em relação a isso.
  • O eletromagnetismo é o ramo que estuda o comportamento das cargas elétricas ou a eletricidade em si, assim como o comportamento dos campos magnéticos.
  • A física ondulatória estuda o comportamento das ondas, assim como suas escalas. Estudo crucial para entendermos o som, a luz, e outros fenômenos, e com isso conseguimos entender também o funcionamento dos rádios, da televisão, dos sinais de telefone, internet etc.
  • A ótica estuda a luz, o reflexo, as cores e a formação da imagem.
  • A física moderna estuda os desenvolvimentos ocorridos na física durante o século XX.
  • A física quântica trata-se de um ramo avançado, e novo ainda para a física, no qual os pesquisadores se preocupam em entender minunciosamente os fenômenos transcorridos nas camadas atômicas e subatômicas, ou seja, entre as moléculas, átomos, elétrons, prótons, nêutrons, e outras partículas.
  • A mecânica é o ramo mais fundamental para o início do estudo da física, pois seus estudos estão relacionados aos outros ramos. Como? A mecânica estuda o movimento, suas características e suas causas, o fato, é que o movimento está presente em todos os outros ramos da física. Exemplo: a luz funciona com o movimento de fótons (partículas de luz), o som se propaga com o movimento de ondas sonoras, a eletricidade é gerada com o movimento de cargas positivas (prótons) e/ou negativas (elétrons), a temperatura é proporcional a vibração das partículas que constitui a matéria, entre diversas outras coisas.
 Com isso, damos início ao plano de estudos de física que preparamos para você, siga a lista das matérias ordenadamente, e tenha um bom estudo!
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A física também estuda os astros e estrelas, embora não seja um dos ramos mais importantes. Chama-se Astrofísica.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

O Descobrimento do Brasil


Expansão Marítima:
Resultado de imagem para expansão marítimaDevido a ao monopólio imposto pelos Árabes sobre as rotas comerciais por terra para as Índias, tornou-se caro as viagens comerciais, e isso tornou-se inviável para os estados nacionais, justo em uma época no qual o comércio era sinônimo de riqueza.
Para fugir dessa situação, Portugal e Espanha tornaram-se pioneiros na expansão marítima. Ambos investiram em frotas e em novos navios resistentes (caravelas) para explorar novas rotas comerciais além mar para a Índia. Isso culminou em diversos avanços na cartografia, na marítima e nas tecnologias da época, agora, os tripulantes navegavam por águas desconhecidas, desafiando o "Mito do Abismo", conhecendo e povoando novas terras até então desconhecidas, e aí que começa a história do Brasil.


Descobrimento da América:
Resultado de imagem para Cristóvão colomboA Espanha competia com Portugal o acesso de uma nova rota comercial e com isso adotou um projeto de um genovês denominado "Projeto Colombo". Segundo Cristóvão Colombo, se um navio navegasse além mar em perpendicular ao leste da Europa, chegaria enfim na costa da Ásia, porém, seu projeto não foi bem aceito em sua terra de origem.
A Espanha investe em navios e tripulação, e no dia 3 de agosto de 1492, Cristóvão Colombo iça as velas para iniciar sua viagem em busca do caminho para as Índias rumo a suposta costa asiática.
No caminho houveram diversos problemas, a escassez de suprimentos e o receio do "mito do abismo" fez a tripulação se rebelar diversas vezes contra o capitão, é possível ver isso muito bem nos diários de bordo de Cristóvão Colombo.
Quando a tripulação de Colombo desembarca em terra firme no dia 11 de outubro do mesmo ano, encontraram povos indígenas povoando a área. Este era o primeiro contato dos Europeu com o "novo mundo", mas Colombo não havia percebido isso, acreditava ter atingido a costa da Índia. E por isso, ao ter seu primeiro contato com as tribos nativas, ele os chamou de "Índios", e assim ficou denominado os povos "indígenas" conhecidos até hoje.
Como as cidades coloniais não haviam sido encontradas, a tripulação retorna a Espanha. A coroa financia mais três viagens (foram 4 viagens no total), porém, era evidente que o plano colombo havia dado errado, não demorou para a coroa espanhola desistir.
Com um vasto território em suas mãos, a Espanha inicia seu processo de colonização no "novo mundo", batizado de "América" desda primeira viagem de Colombo. Ele foi feito governador dos novos territórios. Enriqueceu com o trabalho de escravos nativos, que os obrigou a minerar ouro, e também tentou vender escravos na Espanha. Era o início da colonização da América espanhola.
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Gravura representando o descobrimento da América espanhola.

Descobrimento do Brasil:
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Como se pode ver, a corrente marítima que seguia pela
costa africana era desfavorável.






Paralelamente a isso, Portugal continuava sua expansão pelo atlântico, dominando áreas da costa africana, mas o objetivo principal da coroa portuguesa continuava ser a procura de uma rota alternativa e favorável para as Índias.
A coroa portuguesa acreditava que contornando a costa africana, eles chegariam na Índia.
Na primeira expedição comandado por Vasco da Gama, Portugal obtivera sucesso. Seguindo o plano de contornar a costa africana com destino à cidade de Calicute, na Índia, Vasco da Gama enfim chegara ao destino em 1498, dando muito lucro para os portugueses. Porém, as embarcações enfrentaram fortes correntes desfavoráveis em suas expedições próximo ao Cabo da Boa esperança no sul da África, o que tornava a viagem mais cara e demorada. Na imagem ao lado pode-se ver a dinâmica do oceano atlântico, este fator natural também ajudou muito com que as expedições europeias desembarcassem na costa americana.
Para contornar essa situação, a coroa portuguesa recruta Pedro Álvares Cabral, agora responsável por achar um caminho alternativo para as Índias.
Resultado de imagem para pedro alvares cabralCabral acreditava que se ele se distanciasse da costa africana, conseguiria contornar a corrente desfavorável e encontrar uma favorável (o que de certa forma estava correto se você analisar a imagem ao lado).
A coroa portuguesa então, financia a viagem de Cabral, que parte da praia do Restelo, em Lisboa, ao meio-dia do dia 9 de março de 1500, uma segunda-feira rumo a Calicute, na Índia. Eram dez naus e três caravelas, trazendo um total de 1500 pessoas, a maior expedição marítima que já se tinha sido organizada até então.
No quadragésimo quarto dia de viagem, a tripulação avista pela primeira vez terra firme. Era possível avistar um monte redondo, denominado pelos descobridores de Monte Pascoal, e uma pequena porção de terra até então "desconhecida", no qual fora batizado de Ilha de Vera Cruz atual poção terra brasileira.
Pero Vaz de Caminha era um fidalgo (homem de recursos, riqueza) português que se notabilizou nas funções de escrivão da armada de Pedro Álvares Cabral. Caminha relatou os dados do descobrimento em uma carta ao rei D. Manuel I, sua carta é considerada como a certidão de nascimento do Brasil. Veja a seguir alguns fragmentos da carta de Pero Vaz de Caminha:

"Neste mesmo dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! A saber, primeiramente de um grande monte, muito alto e redondo; e de outras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes arvoredos; ao qual monte alto o capitão pôs o nome de O Monte Pascoal (monte da Páscoa) e à terra A Terra de Vera Cruz!..."
"...Deste Porto Seguro, da Vossa Ilha de Vera Cruz, hoje, sexta-feira, primeiro dia de maio de 1500..."

Ao desembarcar na suposta ilha, os portugueses tiveram seu primeiro contato com os povos nativos denominados anteriormente por Cristóvão Colombo de "povos indígenas". Veja mais um trecho da carta de Pero Vaz de Caminha relatando o feito:

"Ali veríeis galantes, pintados de preto e vermelho, e quartejados, assim pelos corpos como pelas pernas, que, certo, assim pareciam bem. Também andavam entre eles quatro ou cinco mulheres, novas, que assim nuas, não pareciam mal. Entre elas andava uma, com uma coxa, do joelho até o quadril e a nádega, toda tingida daquela tintura preta; e todo o resto da sua cor natural. Outra trazia ambos os joelhos com as curvas assim tintas, e também os colos dos pés; e suas vergonhas tão nuas, e com tanta inocência assim descobertas, que não havia nisso desvergonha nenhuma. Todos andam rapados até por cima das orelhas; assim mesmo de sobrancelhas e pestanas. Trazem todos as testas, de fonte a fonte, tintas de tintura preta, que parece uma fita preta da largura de dois dedos. Mostraram-lhes um papagaio pardo que o Capitão traz consigo; tomaram-no logo na mão e acenaram para a terra, como se os houvesse ali. Mostraram-lhes um carneiro; não fizeram caso dele. Mostraram-lhes uma galinha; quase tiveram medo dela, e não lhe queriam pôr a mão. Depois lhe pegaram, mas como espantados. Deram-lhes ali de comer: pão e peixe cozido, confeitos, fartéis, mel, figos passados. Não quiseram comer daquilo quase nada; e se provavam alguma coisa, logo a lançavam fora. Trouxeram-lhes vinho em uma taça; mal lhe puseram a boca; não gostaram dele nada, nem quiseram mais. Trouxeram-lhes água em uma albarrada, provaram cada um o seu bochecho, mas não beberam; apenas lavaram as bocas e lançaram-na fora. Viu um deles umas contas de rosário, brancas; fez sinal que lhas dessem, e folgou muito com elas, e lançou-as ao pescoço; e depois tirou-as e meteu-as em volta do braço, e acenava para a terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dariam ouro por aquilo."CAMINHA, Pero de Vaz. Carta a el rey D. Manuel. Edição ilustrada e transcrita para o português contemporâneo e comentada por Maria Angela Vilela. SP: Ediouro, 1999.paulo angeel
Imagem relacionada
Dia 22 de abril, gravura do descobrimento do Brasil.
A experiência de trocas de utensílios com os índios proporcionou o que chamamos de escambo, no qual os europeus passaram a trocar bugigangas sem muito valor por coisas de valor, como por exemplo madeira, pedras preciosas, frutos exóticos, etc. Essa prática foi muito útil nos anos que se sucederam após o descobrimento.
Os portugueses estalaram uma espécie de posto no local, construíram um porto, assim como algumas outras instalações tomando conta do território a ser explorado, denominado de Porto Seguro. Uma nau retornou a Lisboa a comando de Cabral para contar a notícia do descobrimento ainda de forma sigilosa.
A função de Pedro Álvares Cabral embora tivesse descoberto terras novas, ainda era encontrar uma rota alternativa para as índias assim como Vasco da Gama, pois as especiarias que os portugueses encontravam lá eram de grande valia para sua comercialização na Europa, como: cravo, pimenta, canela, noz moscada, gengibre, porcelanas orientais, seda, etc. Portanto a frota reabasteceu em seu novo posto nas terras agora reivindicadas pela coroa de Portugal, e no dia 1º de maio de 1500 Cabral parte em busca das Índias, o que depois de diversos ocorridos, enfim obtivera sucesso.
No Porto Seguro, ficaram alguns portugueses tomando conta do posto. Embora a terra pertencesse a coroa portuguesa, até então, esta não era colônia de Portugal, isso só se deu em 1530, quando Portugal inicia o processo de plantation no local, utilizando os índios nativos como mão de obra escrava.
Este período entre o descobrimento e a colonização ficou conhecido como período pré-colonial, onde a extração principal era de pau-brasil e era obtido através de escambo.

Diário de bordo de Cristóvão Colombo (primeira viagem):



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Curso seguido pela primeira viagem de Cristóvão Colombo.
Confira a seguir os relatos do primeiro Europeu a cruzar o atlântico e que acidentalmente descobriu o "novo mundo".


Sexta-feira, 3 de agosto: 
– Partimos quinta-feira, aos 3 dias  de  agosto  de  1492,  da  barra  de  Saltes,  às  oito  horas. Avançamos umas sessenta milhas, com grande exaltação até o pôr-do-sol, em direção ao sul, o que vem a dar quinze léguas;  depois  a  sudoeste  e,  ao  sul,  quarta  do  sudoeste,  que era o caminho para as Canárias.
 
Sábado, 4 de agosto: 
– Avançamos, a sudoeste, quarta do sul.
 
Domingo, 5 de agosto:
– Avançamos, sempre na rota, entre dia e noite, mais de quarenta léguas.
 
Segunda-feira,  6  de  agosto: 
–  Quebrou-se  ou  despregou-se o leme da caravela Pinta, que levava Martín Alonso Pinzón, o que se acreditou ou desconfiou ter sido obra de um certo Gomes Rascón e Cristóbal Quintero, a quem pertencia a caravela, porque lhe causava mágoa vê-la seguir nessa viagem; e diz o almirante que, antes da partida, haviam achado escondidos, à socapa, como se diz, os ditos cujos. Viu-se aí o Almirante presa de grande perturbação por não poder ajudar essa caravela sem expor-se a perigos e disse que lhe causava pena, pois sabia que Martín Alonso Pinzón era pessoa esforçada e de grande habilidade. No fim percorreram, entre dia e noite, vinte e nove léguas.
 
Terça, 7 de agosto:
– Quebrou-se de novo o leme da Pinta e, depois de consertado, prosseguiram no rumo da ilha Lanzarote, que é uma das Canárias, e percorreram, entre dia e noite, vinte e cinco léguas.
 
Quarta, 8 de agosto:
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– Houve, entre os pilotos das caravelas,  opiniões  divergentes  a  respeito  do  lugar  onde  se  encontravam, e o Almirante chegou mais perto da verdade; e gostaria de ir até à Grande Canária para deixar a caravela Pinta, que  ia  mal  provida  de  leme  e  vazando  água,  e  também gostaria  de trocá-la  por  outra,  se  acaso  encontrasse.  Mas naquele dia não foi possível.

Quinta, 9 de agosto: 
– Até domingo à noite o Almirante não pôde atracar na Gomera e Martín Alonso ficou naquela costa da Grande Canária por ordem do Almirante, pois não podia navegar. Depois o Almirante atracou na Canária (ou na Tenerife), e consertaram muito bem a Pinta, com grande trabalho e esforços do Almirante, de Martín Afonso e dos demais; e por fim vieram para a Gomera. Avistaram as chamas de
um vasto incêndio na serra da ilha de Tenerife, que impressiona pela imponência e altitude. Fizeram a
Pinta redonda, por ter vela triangular; regressou à Gomera no domingo, 2 de setembro, com a
Pinta consertada. Finalmente, o Almirante içou velas na referida ilha da Gomera com suas três caravelas na quinta-feira, aos 6 dias de setembro.
 
Quinta, 6 de setembro: 
– Partiu nesse dia de manhã do porto da Gomera e descreveu uma volta para prosseguir em sua viagem. E soube o Almirante, de uma caravela que vinha da ilha de Ferro, que por ali andavam três outras, portuguesas, para capturá-lo: a causa provável seria a inveja de El-Rei por ele ter ido para Castela. E enfrentou calmaria durante todo o dia e noite, e na manhã seguinte verificou que estava entre Gomera e Tenerife.
 
Sexta, 7 de setembro:
– Toda a sexta-feira e o sábado, até às três horas da madrugada, ficou em calmaria.
 
Sábado, 8 de setembro:
– Às três da madrugada de sábado começou a ventar do nordeste, e retomou seu rumo a caminho do oeste. Encontrou muito mar pela proa, o que estorvava imensamente a manutenção da rota; e nesse dia percorreria nove léguas, incluindo a noite.
 
Domingo, 9 de setembro: 
– Percorreu, nesse dia, dezenove léguas, e resolveu contar as que percorria, para que, se a viagem fosse longa, não se espantasse nem se estarrecesse ninguém.  De  noite  percorreu  cento  e  vinte milhas,  o  que equivale a trinta léguas Os marinheiros estavam pilotando mal,  desviando-se  para  a  quarta  de  nordeste,  e  ainda  em meia  partida:  por  isso  o  Almirante  muitas  vezes  chamou-lhes a atenção.
 
Segunda, 10 de setembro:
Resultado de imagem para vida na caravela– Entre o dia e a noite, percorreu sessenta léguas, a dez milhas por hora, o que vem a dar  duas  léguas  e  meia;  mas  só  registrava  quarenta  e  oito, para que ninguém se assustasse se a viagem fosse longa de manhã, só faltava ouvir rouxinóis. Diz ele: E o tempo era igual ao de abril na Andaluzia. Aqui começaram a ver muitos molhos (manchas?) de algas bem verdes que havia pouco, conforme lhe pareceu, se tinham despregado da terra, e por isso todos julgavam estar perto de alguma ilha; mas não da terra firme, segundo o Almirante, que diz: Porque a terra firme vamos encontrar mais adiante.

Segunda, 17 de setembro: 
– Navegou na rota do oeste e percorreram, entre a noite e o dia, mais de cinqüenta léguas.
Anotou  apenas  quarenta  e  sete.  A  corrente  lhes  foi  favorável. Viram muitas algas e com freqüência, e eram de rochedos e provenientes do lado do Poente. Acreditavam estar próximos da terra. Seguiram os pilotos rumo ao norte, marcando na bússola, e acharam que os ponteiros indicavam noroeste numa grande quarta, e os marinheiros começaram a sentir medo, a ficar melancólicos e sem dizer por quê. O Almirante entendeu; determinou que voltassem a marcar o norte ao amanhecer e acharam que os ponteiros estavam bons. O motivo foi porque a estrela, em vez dos ponteiros, dá impressão de se deslocar no firmamento. Ao amanhecer, nesta segunda-feira, viram quantidade bem maior de algas e que pareciam ser provenientes de rios, nas quais encontraram um caranguejo vivo, que o Almirante guardou. Consta que esses são sinais certos de terra, porque não se acham a menos de oitenta léguas da costa. A água do mar estava menos salgada desde que partiram das Canárias; o clima, sempre mais brando. Sentiam-se todos muito contentes e os navios que mais podiam avançar se esforçavam para serem os primeiros a avistar terra. Viram muitas toninhas e os tripulantes da Niña pegaram uma. Diz aqui o Almirante que são sinais do Poente, “onde confio que
esse Deus supremo, de cujas mãos dependem todas as vitórias, muito em breve nos dará terra”. Hoje de manhã diz que viu uma ave branca chamada “rabo-de-palha”, que não costuma pernoitar no mar.

Terça, 18 de setembro:
– Navegou, entre dia e noite, mais de cinqüenta e cinco léguas, mas só registrou quarenta e oito. O mar, durante todos esses dias, esteve muito tranqüilo, como o rio em Sevilha. Neste dia, Martín Alonso, com a Pinta, que é muito veloz, não esperou, porque disse ao Almirante, lá de sua caravela, que tinha visto uma grande revoada de aves rumando para o Poente e que à noite esperava avistar terra e por isso queria se apressar. Apareceu  do  lado  norte  uma  espessa  cerração,  o  que indica vizinhança de terra.

Quarta, 19 de setembro:
Imagem relacionada– Navegou na rota, e entre dia enoite percorreram vinte e cinco léguas, pois encontraram calmaria. Anotou vinte e duas. Neste dia, às dez horas, um alcatraz sobrevoou a nau e de tarde avistaram outro, e é pássaro que não costuma  afastar-se  vinte  léguas  da  terra.  Surgiram  alguns chuvisqueiros  sem  vento,  o  que  é  indício  seguro  de  terra.  O Almirante não quis parar a barlavento para confirmar essa hipótese; ficou, porém, absolutamente certo de que, no lado do norte e do sul, havia algumas ilhas, como mais tarde se comprovou, e de que estava passando pelo meio delas. Porque a sua vontade era de agora seguir adiante até as Índias para aproveitar o bom tempo, e porque isso, se aprouvesse a Deus, permitiria que na volta vissem tudo: foram essas as suas palavras... Aqui os pilotos descobriram suas posições: a Niña achava-se a quatrocentas e quarenta léguas das Canárias;  a Pinta,  a  quatrocentas  e  vinte;  e  a  que  levava  o Almirante, a quatrocentas justas.

Quinta, 20 de setembro:
– Navegou neste dia rumo a oeste  quarta  do  noroeste  e  à  meia  partida,  porque  muitos
ventos foram embora com a calmaria que fez. Percorreram sete ou oito léguas. Dois alcatrazes sobrevoaram a nau, indício de proximidade de terra; e viram muitas algas, embora na véspera  não  tivessem  visto  nenhuma.  Pegaram  um  pássaro com a mão, e parecia uma gralha; era pássaro de rio e não de mar: tinha as patas feito gaivota. Ao amanhecer, vieram até o navio  dois  ou  três  passarinhos  de  terra  cantando,  e  depois, antes  de  raiar  o  sol,  desapareceram.  Aí  sobreveio  outro alcatraz:  vinha  do  oeste-noroeste,  porque  essas  aves  dormem na terra e de manhã vão para o mar à cata de alimento, e não se afastam mais de vinte léguas.

Sexta, 21 de setembro: 
– Hoje encontrou-se quase só calmaria com, mais tarde, um pouco de vento. Entre o dia e a
noite,  avançando  a  duras  penas,  percorreram  treze  léguas. Ao amanhecer encontraram tantas algas que dir-se-ia que o mar  estava  atulhado  delas,  e  vinham  do  oeste.  Viram  um alcatraz. O mar muito liso, como um rio, e o ar mais puro do mundo. Avistaram uma baleia, o que é sinal de proximidade de terra, porque elas sempre andam por perto da costa.
 
Sábado, 22 de setembro:
– Navegou mais ou menos a oeste-noroeste, deslocando-se para um e outro lado. Percorreram trinta léguas. Quase não viram algas. Surgiram uns pintarroxos e outra ave. Diz aqui o Almirante: Muito me ajudou esse vento contrário,  porque  a  minha  tripulação  andava  bastante  irritada, pensando  que  estes  mares  não  fossem  varridos  por  ventos para  voltar  para  a  Espanha.  Durante  uma  parte  do  dia  não apareceram algas; depois, em grande quantidade.
 
Domingo, 23 de setembro:
Resultado de imagem para caravela– Navegou a noroeste, às vezes à quarta do norte e outras mantendo-se na rota, que era a oeste, e percorreu vinte e duas léguas. Viram uma rola e um alcatraz, e um passarinho de rio e outras aves brancas. Havia algas  em  profusão,  cheias  de  caranguejos.  E,  como  o  mar estivesse manso e liso, a tripulação murmurava, dizendo que não havia dúvida de que ali o mar não era grande e que nunca ventaria o suficiente para voltar para a Espanha; mas depois o mar encrespou-se muito, e sem vento, o que os assombrou, e  por  isso  diz  aqui  o  Almirante:  De  modo  que  me  foi  bem providencial o mar alto, que não aparecia, a não ser no tempo dos hebreus, quando fugiram do Egito liderados por Moisés, que os tirou do cativeiro.
 
Segunda, 24 de setembro:
– Navegou dia e noite, mantendo-se  na  rota  do  oeste,  e  percorreram  quatorze  léguas  e meia. Registrou doze. Um alcatraz veio até ao navio e também vieram muitos pintarroxos.
 
Terça, 25 de setembro:
– Hoje reinou grande calmaria e depois  vento;  e  seguiram  na  rota  do  oeste  até  à  noite.  O Almirante ia falando com Martín Alonso Pinzón, comandante da Pinta, a respeito de um mapa que lhe havia mandado três dias antes para a caravela, onde, ao que parece, o Almirante tinha desenhado algumas ilhas naquele mar. E dizia Martín Alonso que achavam que estavam naquela região, e o Almirante  também  concordou;  mas  que,  como  não  tinham  dado com elas, isso devia ser por causa das correntes, que sempre levavam os navios para nordeste e que, portanto, não haviam navegado  tanto  como  os  pilotos  pretendiam.  E,  estando  a situação nesse pé, pediu o Almirante que lhe devolvesse o tal mapa. E, enviado por uma corda, começou o Almirante a examiná-lo  com o piloto  e  os  marinheiros.  Ao  pôr-do-sol, Martín  Alonso  subiu  à  popa  de  seu  navio  e,  com  grande alegria, chamou o Almirante, pedindo-lhe alvíssaras, pois via terra. E, ao ouvir a confirmação, o Almirante diz que se pôs a render  graças  a  Nosso  Senhor  de  joelhos,  enquanto  Martín Alonso proclamava Gloria in excelsis Deo com a tripulação. No que foram imitados pela do Almirante; e os da Niña subiram todos ao mastro e na enxárcia, gritando terra à vista. E assim também pareceu ao Almirante e que faltavam 25 léguas para alcançá-la. Ficaram todos afirmando até à noite que era terra. O Almirante ordenou que se trocasse a rota, que seria para o oeste, e que fossem todos para o sudoeste, onde havia aparecido terra. Teriam percorrido neste dia quatro léguas e meia  a  oeste  e,  de  noite,  a  sudoeste,  dezessete  léguas,  portanto vinte e uma, embora indicasse treze à tripulação, pois sempre  fingia  diante  deles  que  percorriam  pouco  caminho, para  que  não  lhes  parecesse  longo;  e  assim  descreveu  essa viagem  de  duas  maneiras:  a  menor  foi  a  falsa,  e  a  maior  a verdadeira. O mar estava tão liso que muitos marinheiros se puseram a nadar. Viram muitos dourados e outros peixes.
 
Quarta, 26 de setembro:
– Navegou na sua rota para o oeste até depois do meio-dia. Aí desviaram para sudoeste e perceberam que o que se dizia que tinha sido terra não era, e sim céu. Percorreram, entre dia e noite, trinta e uma léguas, mas  contou  vinte  e  quatro  para  a  tripulação.  O  mar  estava então feito um rio; o ar, doce e suavíssimo.
 
Quinta, 27 de setembro:
– Navegou na sua rota para o oeste. Percorreu, entre dia e noite, vinte e quatro léguas; contou vinte para a tripulação. Surgiram vários dourados; mataram um. Viram um rabo-de-palha.
 
Sexta, 28 de setembro:
– Navegou na sua rota para o oeste, percorreram dia e noite, com calmaria, quatorze léguas; contou treze.  Acharam  poucas  algas.  Pegaram  dois  peixes dourados, mas os outros navios tiveram mais sorte.
 
Resultado de imagem para projeto colombo gravurasSábado, 29 de setembro:
– Navegou na sua rota para o oeste. Percorreram vinte e quatro léguas; contou vinte e uma para  a  tripulação.  Devido  às  calmarias  encontradas,  pouca distância percorreram entre dia e noite. Viram uma ave que se chama pelicano, que só se alimenta com o que os alcatrazes são forçados por ela a vomitar. É ave do mar, mas não pousa n’água  nem  se  afasta  a  mais  de  vinte  léguas  da  terra.  Há muitas desse tipo na ilha de Cabo Verde. Depois vieram dois alcatrazes.  O  ar  é  muito  doce  e  gostoso,  até  parece  que  só falta ouvir um rouxinol, e o mar liso feito um rio. Apareceram depois, em três ocasiões, três alcatrazes e um pelicano. Viram muitas algas.
 
Domingo, 30 de setembro:
– Navegou na sua rota para o oeste. Percorreu, entre dia e noite, por causa da calmaria, quatorze léguas; anotou onze. Vieram até o navio quatro rabos-de-palha, o que é grande sinal de terra, pois tantas aves da mesma espécie juntas significa que não andam extraviadas nem perdidas. Viram-se quatro alcatrazes em duas oportunidades.  Algas,  muitas. Repara que as estrelas da constelação da Ursa Menor, quando anoitece, estão junto ao braço do lado do poente e, quando  amanhece,  passam  para  a  linha  abaixo  do  braço  a nordeste, dando impressão de que, durante toda a noite, percorrem apenas três linhas, o que equivale a nove horas, e isso a cada noite: é o que diz aqui o Almirante. Também ao anoitecer os ponteiros da bússola indicam uma quarta a noroeste e, ao amanhecer, estão em linha reta com a estrela; ao que parece, a estrela se desloca como as outras; e os ponteiros reve-
lam sempre a verdade.
 
Segunda, 1 de outubro:
– Navegou na sua rota para o oeste. Percorreram vinte e cinco léguas; contou vinte para a tripulação. Enfrentaram forte chuvarada. O piloto do Almirante estava hoje, ao amanhecer, com medo de já terem percorrido, desde a ilha de Ferro até aqui, quinhentas e sessenta e oito léguas para o oeste. A conta menor que o Almirante mostrava  à  tripulação  era  de  quinhentas  e  oitenta  e  quatro
léguas; mas a verdadeira, que o Almirante calculava e escondia, era de setecentas e sete.

Terça, 2 de outubro:
– Navegou na sua rota para o oeste, noite e dia, trinta e nove léguas; contou cerca de trinta para a população. O mar, sempre liso e bom. A  Deus  muitas  graças  sejam  louvadas,  disse  aqui  o Almirante. As algas, ao contrário do costume, vinham de leste para oeste. Surgiram muitos peixes; matou-se um. Viram uma ave branca que parecia uma gaivota.
 
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Quarta, 3 de outubro:
– Navegou na sua rota de sempre. Percorreram quarenta e sete léguas; contou quarenta para a tripulação. Apareceram pintarroxos, muitas algas, algumas já velhas e outras bem novas, trazendo uma espécie de fruta; e não viram ave nenhuma. O  Almirante  achava  que  atrás  ficavam  as  ilhas que trazia desenhadas no mapa. Diz aqui o Almirante que não quis parar a barlavento na semana passada e nesses dias em que  havia  tantos  indícios  de  terra,  mesmo  tendo  conhecimento de ilhas nessa região, para não perder tempo, pois o seu objetivo era chegar às Índias; e, se parasse, diz que não seria  prudente.
 
Quinta, 4 de outubro:
– Navegou na sua rota para o oeste. Percorreram, entre dia e noite, sessenta e três léguas; contou quarenta e seis para a tripulação. Vieram mais de quarenta pintarroxos juntos e dois alcatrazes até ao navio, sendo que um recebeu uma pedrada de um marinheiro da caravela. Sobrevoaram  a  nau  um  joão-grande  e  uma  ave  branca  que nem gaivota.

Sexta, 5 de outubro:
– Navegou na sua rota. Percorreram onze milhas por hora. Entre a noite e o dia percorreram cinqüenta e sete léguas, porque o vento diminuiu um pouco durante a noite; contou quarenta e cinco para a tripulação. O mar em bonança e liso. A Deus – diz – muitas graças sejam dadas. O ar, muito doce e temperado; algas, nenhuma; pintarroxos, muitos; várias andorinhas-do-mar passaram voando sobre a nau.
 
Sábado, 6 de outubro:
– Navegou na sua rota para sueste ou oeste, que dá no mesmo. Percorreram quarenta léguas entre dia e noite; contou trinta e três para a tripulação. Nesta noite Martín Alonso disse que seria bom navegar à quarta do oeste, para o lado do sudoeste; e pareceu ao Almirante que Martín Alonso não dizia isso por causa da ilha de Cipango, e o Almirante achava que se se enganassem não poderiam tão cedo  encontrar  terra  e  que  era  preferível  primeiro  procurar terra firme e depois as ilhas.
 
Resultado de imagem para cristóvão colomboDomingo, 7 de outubro:
– Navegou rumo a oeste; percorreram doze milhas por hora durante duas horas, depois oito, fazendo, até à uma hora da tarde, vinte e três léguas. Contou dezoito para a tripulação. Neste dia, ao nascer do sol, a caravela Niña, que ia na frente por ser mais veloz, e se apressava ao máximo para ser a primeira a ver terra, a fim de gozar dos favores prometidos pelos monarcas aos primeiros que a vissem,  içou  uma  bandeira  no  alto  do  mastro  e  disparou  uma bombarda  como  sinal  de  que  a  tinham  enxergado  por  fim, porque assim determinara o Almirante. Havia também determinado que ao nascer e ao pôr do sol se juntassem todos os navios  com  o  dele,  porque  essas  duas  ocasiões  são  mais propícias para que os humores se disponham a ver mais longe. Como à tarde não enxergassem a terra que os da caravela Niña julgavam ter visto e porque passava uma grande revoada de aves do lado do norte para o sudoeste (levando a crer que iam dormir em terra ou talvez fugissem do inverno, que nas terras de onde vinham decerto estava por chegar, pois o Almirante  sabia  que  a  maioria  das  ilhas  pertencentes  aos  portugueses foram descobertas pelas aves), o Almirante, por isso, concordou em deixar a rota do oeste e virar a proa para sudoeste, com a determinação de viajar dois dias naquele rumo. Isso começou uma hora antes do pôr-do-sol. Percorreram, em toda a noite, cerca de cinco léguas, e 23 durante o dia. Foram, ao todo, 28 léguas.
 
Segunda, 8 de outubro:
– Navegou a oés-sudoeste e fizeram  entre  dia  e  noite  onze  léguas  e  meia  ou  doze,  e  às vezes parece que percorreram durante a noite quinze milhas por hora, se a letra não mente. Encontraram o mar feito o rio de Sevilha; graças a Deus, diz o Almirante. O ar, dulcíssimo, como em abril em Sevilha, que dá prazer respirá-lo, de tão perfumado que é. As algas pareciam bem novas; muitos passarinhos  como  os  do  campo;  e  conseguiram  pegar  um  que  ia fugindo para o sudoeste, gralhas e gansos, e um alcatraz.
 
Terça, 9 de outubro:
– Navegou para o sudoeste. Percorreu  cinco  léguas;  o  vento  mudou  e  soprou  para  o  oeste quarta a noroeste, e fez quatro léguas. Depois, ao todo, onze léguas de dia e as da noite, vinte léguas e meia. Contou dezessete para a tripulação. A noite inteira escutaram revoadas de pássaros.
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Quarta, 10 de outubro:
– Navegou para oés-sudoeste. Percorreram, a dez milhas por hora e às vezes doze e até sete, e entre dia e noite, cinqüenta e nove léguas. Contou apenas quarenta e quatro para a tripulação. Aqui os marinheiros já não agüentavam mais; queixavam-se da longa viagem. O Almirante, porém, incentivou-os o quanto pôde, dando-lhes boa esperança das vantagens que poderiam obter. E acrescentou que  não  adiantava  se  queixarem,  pois  que  ele  tinha  vindo para as Índias e que assim haveria de prosseguir até encontrá-las com a ajuda segura de Nosso Senhor.
 
Resultado de imagem para primeira viagem de colomboQuinta, 11 de outubro (a chegada):
– Navegou para oés-sudoeste. Enfrentaram muito mar e mais do que em toda a viagem haviam enfrentado. Viram pintarroxos e um junco verde junto à nau. Os tripulantes da caravela Pinta viram um talo de cana-de-açúcar e um pedaço de pau, e apanharam outro pauzinho lavrado semelhante a uma barra de ferro, e um talo de cana e outra erva que brota em terra e uma tabuinha. Os da caravela Niña também viram outros indícios de terra e um pauzinho coberto de caramujos. Diante desses sinais, todos respiraram e se alegraram. Percorreram neste dia, até o pôr-do-sol, vinte e sete léguas. Depois que anoiteceu voltou a navegar na sua primeira rota para o oeste; fizeram doze milhas por hora; e até às duas da madrugada percorreriam mais noventa, o que equivale a vinte e duas léguas e meia. E por ser a caravela Pinta a mais veloz e ir na frente do Almirante, achou terra e fez os sinais pedidos pelo Almirante. Quem primeiro enxergou foi um marinheiro que se dizia chamar Rodrigo de Triana; aí então o Almirante, às dez da noite, estando no castelo da popa, distinguiu luz, embora fos-
se tão débil que não quis afirmar que fosse terra; mas chamou Pedro Gutiérrez, incumbido de armar estrados para El-Rei, e disse-lhe que parecia luz, e que olhasse, o que ele fez e viu; disse também a Rodrigo Sánchez de Segovia, que El-Rei e a Rainha enviavam na armada como inspetor, que nada viu porque não estava em posição de poder ver. Depois que o Almirante  lhe  disse,  vislumbrou,  uma  ou  duas  vezes,  o  que  mais parecia uma velinha de cera que se levantava e sacudia, e que bem poucos interpretaram como sinais de terra. O Almirante, porém,  tinha  certeza  de  que  era.  Por  isso,  quando  rezaram  a Salve, que todos os marinheiros costumavam dizer e cantar à sua  maneira,  e  estavam  todos  reunidos,  o  Almirante  pediu  e aconselhou  a  que  montassem  guarda  no  castelo  de  proa,  e olhassem  bem  à  procura  de  terra,  e  que  ao  primeiro  que  lhe dissesse  que  enxergava,  lhe  daria  prontamente  um  gibão  de seda, sem os outros favores que os monarcas tinham prometido, que eram dez mil maravedis de juro ao primeiro que enxergasse.  Às  duas  horas  da  madrugada  surgiu  terra,  da  qual  estariam  a  apenas  duas  léguas  de  distância.  
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Arriaram  todas  as velas e ficaram só com a da popa, que é a grande sem suplementares, e puseram-se à capa, contemporizando até a sexta-feira,  quando  chegaram  a  uma  ilhota  dos  Lucaios,  que  em língua  de  índios  se  chamava  “Guanahani”.  Logo  apareceu gente nua, e o Almirante saiu rumo à terra no barco armado, com Martín Alonso Pinzón e Vicente Anés (Vicente Yánez), seu irmão, e comandante da Niña. O Almirante empunhou a bandeira  real  e  os  comandantes  as  duas  bandeiras  da  Cruz Verde,  que  o  Almirante  levava  como  emblema  em  todos  os navios, com um F e um Y: por cima de cada letra, a respectiva coroa, a primeira feita de um cabo da cruz e a segunda do outro. Ao desembarcar viram árvores muito verdes, muitas águas e frutas de várias espécies. O Almirante chamou os dois comandantes e demais acompanhantes, e Rodrigo de Escovedo, escrivão de toda a armada, e Rodrigo Sánchez de Segovia, e pediu que lhe dessem por fé e testemunho como ele, diante de todos, tomava, como de fato tomou, posse da dita ilha em nome de El-Rei e da Rainha, seus soberanos, fazendo os protestos que  se  requeriam,  como  mais  extensamente  se  descreve  nos testemunhos que ali se procederam por escrito. Logo viram-se cercados  por  vários  habitantes  da  ilha.  O  que  se  segue  são palavras textuais do Almirante, em seu livro sobre a primeira viagem e descobrimento dessas índias: “Eu – diz ele –, porque nos demonstraram grande amizade, pois percebi que eram pessoas que melhor se entregariam e converteriam à nossa fé pelo amor e não pela força, dei a algumas delas uns gorros coloridos e umas miçangas que puseram no pescoço, além de outras coisas de pouco valor, o que lhes causou grande prazer e ficaram tão nossos amigos que era uma maravilha. Depois vieram nadando até os barcos dos navios onde estávamos, trazendo papagaios e fio de algodão em novelos e lanças e muitas outras coisas, que trocamos  por  coisas  que  tínhamos  conosco,  como  miçangas  e guizos. Enfim, tudo aceitavam e davam do que tinham com a maior boa vontade. Mas me pareceu que era gente que não possuía praticamente nada. Andavam nus como a mãe lhes deu à luz; inclusive as mulheres, embora só tenha visto uma robusta rapariga. E todos os que vi eram jovens, nenhum com mais  de  trinta  anos  de  idade:  muito  bem-feitos,  de  corpos muito  bonitos  e  cara  muito  boa;  os  cabelos  grossos,  quase como o pêlo do rabo de cavalos, e curtos, caem por cima das sobrancelhas,  menos  uns  fios  na  nuca  que  mantêm  longos, sem nunca cortar. Eles se pintam de preto, e são da cor dos canários, nem negros nem brancos, e se pintam de branco, e de  encarnado,  e  do  que  bem  entendem,  e  pintam  a  cara,  o corpo todo, e alguns somente os olhos ou o nariz. Não andam com armas, que nem conhecem, pois lhes mostrei espadas, que pegaram pelo fio e se cortaram por ignorância. Não têm nenhum ferro: as suas lanças são varas sem ferro, sendo que algumas têm no cabo um dente de peixe e outras uma variedade de coisas. Todos, sem exceção, são de boa estatura, e fazem gesto  bonito,  elegantes.  Vi  alguns  com  marcas  de  ferida  no corpo e, por gestos, perguntei o que era aquilo e eles, da mesma  maneira,  demonstraram  que  ali  aparecia  gente  de  outras ilhas das imediações com a intenção de capturá-los e então se defendiam.  E  eu  achei  e  acho  que  aqui  vêm  procedentes  da terra firme para levá-los para o cativeiro. Devem ser bons serviçais e habilidosos, pois noto que repetem logo o que a gente diz e creio que depressa se fariam cristãos; me pareceu que não tinham nenhuma religião. Eu, comprazendo a Nosso Senhor, levarei  daqui,  por  ocasião  de  minha  partida,  seis  deles  para Vossas  Majestades,  para  que  aprendam  a  falar.  Não  vi  nesta ilha nenhum animal de espécie alguma, a não ser papagaios”. Todas  as  palavras  que  acabo  de  transcrever  são  do Almirante e nelas se refletem as impressões que colheu no primeiro contato com os índios. 

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Colombo  chegou  nas  Bahamas,  na  ilha  que  hoje  se  chama  Watlings.

domingo, 11 de dezembro de 2016

Energia Elétrica

 Vai me dizer que você nunca levou um choque na vida!? Será que você nunca se perguntou oque faz os aparelhos funcionaram? E as luzes?

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Energia elétrica é a capacidade de uma corrente elétrica realizar trabalho. Essa forma de energia pode ser obtida através da energia química ou da energia mecânica. Através de turbinas e geradores que transformam essas formas de energia em energia elétrica. Ela é obtida através da aplicação de uma diferença de potencial entre dois pontos de um condutor, gerando uma corrente elétrica entre seus terminais. Hoje em dia a energia elétrica é a principal fonte de energia do mundo. E é ela que faz os aparelhos funcionarem! É ela que faz as luzes acenderem!



História da energia elétrica:
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Os raios na tempestade é uma
forma natural de manifestação
da energia elétrica.
 Há muito tempo atrás, o ser humano criava formas de facilitar a vida. Antigamente a energia elétrica estava presente apenas nos raios de tempestade. Muitas vezes o ser humano tentava estudar este tipo assustador de energia. Na antiguidade, os raios eram sinal da fúria dos deuses. A ciência evoluía cada vez mais. E grandes descobertas começaram a se desenvolver. Um dos maiores feitos da humanidade, foi aprender a manipular a energia elétrica, com isso o ser humano pôde descobrir que esta energia era capaz de realizar trabalhos em diferentes maquinários. Estava começando a Revolução Industrial. Onde tudo passou a ser mais fácil com a ajuda das máquinas movidas a energia elétrica.


Potencia, corrente e tensão:
 Será a mesma coisa? Não! Cada uma é uma grandeza diferente calculada por uma corrente elétrica. E isso é muito importante, pois confundimos muito uma coisa com a outra:

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  • Tensão elétrica é a força que impulsiona os elétrons nos condutores, provocando o seu movimento. Portanto, podemos imaginar que a tensão elétrica nos condutores, é a mesma coisa que a vasão de um rio. Sua unidade é o V (volts).
  • Corrente elétrica é o movimento ordenado dos elétrons livres nos condutores causado pela diferença de potencial (DDP). Sua unidade é o A (Ampére).
  • Potencia elétrica podemos dizer que é o volume da corrente elétrica, ou naturalmente, é a quantidade de energia elétrica que passa pelo condutor. Sua unidade é o W (watts).




Métodos de obtenção de energia elétrica:
 Há também vários tipos de métodos e maneiras de "extração" de energia elétrica da natureza. No caso são meios utilizados pelo homem para obter energia elétrica. Muitas dessas maneiras consiste-se em transformações de energias diferentes para transformar-se enfim em energia elétrica. São elas:
  • Energia Eólica
  • Energia Solar
  • Energia Termelétrica
  • Energia Hidrelétrica
  • Energia Nuclear